mioma uterino

Fonte: Pixabay

 

Toda mulher deve, ao menos uma vez por ano, fazer uma visita ao ginecologista. As consultas periódicas são importantes para acompanhar a saúde do útero e das mamas e se prevenir contra diversas doenças, como é o caso dos miomas.

 

Este tumor benigno, que atinge muitas mulheres em idade fértil, pode ter vários tamanhos e aparecer em diferentes locais do útero.

 

Na maioria das vezes, os miomas não apresentam sintomas e as pesquisas continuam em andamento para descobrir quais são suas causas exatas.

 

Uma das possibilidades apontadas pelos estudos é que um desequilíbrio hormonal leve à formação de nódulos no miométrio, que é a camada uterina mais rica em células musculares.

 

Não há um padrão entre os casos, por isso, cada um precisa ser analisado separadamente.

 

Alguns deles podem interferir na qualidade de vida da mulher, exigindo que paciente e ginecologista avaliem quais medidas precisam ser adotadas. Existem opções de acompanhamento clínico, uso de medicação e até cirurgia.

Sintomas e diagnóstico

Muitas mulheres com miomas não sentem nada. Outras podem ter sangramentos excessivos, e às vezes com coágulos, no período de menstruação; desconfortos abdominais; sensação de peso na região pélvica; dores pélvicas ou durante a relação sexual; anemia; compressão da bexiga e até dificuldade de evacuar.

 

Parte das pacientes ainda podem ter problemas de fertilidade e outros agravamentos associados à localização do mioma. Se for mais externo, forma uma protuberância para fora do útero. Neste caso, é chamado subseroso e, se for acima de cinco centímetros, pode comprometer a fertilidade e impactar os órgãos próximos, como bexiga e intestino.

 

Os miomas pediculados são aqueles que crescem conectados à parede uterina por uma base fina. Já os intramurais estão localizados na parede uterina e, quando possuem mais de cinco centímetros, podem causar cólicas. Se houver distorção da anatomia, podem afetar a possibilidade de gestação.

 

Um quarto tipo de mioma é o submucoso, que aparece na parede mais interna, abaixo do endométrio, onde o embrião se implanta. Cresce para dentro da cavidade uterina. Costuma ser associado a sangramentos e à infertilidade.

 

Há ainda o mioma em parturição, que fica no canal cervical; e o intraligamentar, que surge no espaço entre tubas uterinas, ligamento ovariano e corpo uterino.

 

Durante a consulta, o ginecologista fará o levantamento da história da paciente, exame físico e encaminhamento para avaliações complementares, que podem ser tanto a ultra transvaginal quanto a pélvica.

 

Na maioria dos casos, estes exames permitem o diagnóstico. Se houver necessidade de maior definição de detalhes, até uma ressonância magnética pode ser solicitada.

Cada caso é único

Em muitos casos, paciente e ginecologista conversam sobre a melhor abordagem para a situação, conforme o histórico da mulher, a quantidade e o tamanho dos nódulos.

 

Desta forma, pode haver acompanhamento para verificar se o mioma continuará crescendo, se terá sintomas.

 

Há possibilidade de uso de medicamentos e a colocação de dispositivo intrauterino para interromper o fluxo menstrual por alguns meses.

 

Se houver maior gravidade ou risco de comprometer a concepção, pode ser considerada a retirada do mioma. No entanto, todas as pacientes devem ser alertadas de que, mesmo com cirurgia, há chance de o nódulo voltar a crescer.

 

Não existe um padrão a ser seguido porque o tratamento depende da reação do organismo de cada paciente.

 

Dessa forma, cabe às mulheres não descuidarem das consultas de rotina com um profissional médico de confiança e estarem atentas ao aparecimento de sintomas.

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